Liturgia da Palavra: Os beijos do padre durante a missa

By Cristiano antonino On Junho 2, 2023

Os beijos do padre durante a Santa Missa têm significado. O corpo participa da liturgia no mesmo nível que o intelecto e a emoção

A liturgia da Santa Missa envolve todos nós. E envolve uma ritualidade de gestos densa de significado, tanto por parte da assembléia quanto do celebrante.

A Introdução Geral do Missal Romano ( IGMR ) no ponto 42 diz:

“Os gestos e as posturas corporais tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como também do povo, devem tender para que toda a celebração brilhe com nobre decoro e simplicidade, para que se compreenda o verdadeiro e pleno significado de cada um”.

O corpo, portanto, participa da liturgia no mesmo nível que o intelecto e a emoção.

É difícil imaginar que a Eucaristia, no centro da qual ouvimos: 'este é o meu corpo', pudesse ignorar nossa corporeidade ao longo de sua celebração.

Os três ou até quatro beijos do padre durante a Santa Missa

Em pé, sentado, ajoelhado, sinais da cruz, outros gestos, palavras, cânticos, iconografias que apelam ao sentido da visão, por vezes até ao cheiro do incenso.

Tudo isso se refere principalmente ao nosso corpo com seus sentidos.

Entre os muitos sinais com os quais a nossa liturgia está entrelaçada, existem também os beijos: na forma atual da liturgia da Santa Missa, são três ou até quatro.

O primeiro dos beijos do padre celebra a união amorosa

Primeiro, o padre que celebra a missa beija o altar.

Isso acontece no início da liturgia, logo após chegar ao altar.

Na verdade, antes da própria missa começar.

Não é apenas um sinal de reverência e respeito, mas também de ternura e proximidade típicas de um relacionamento baseado no amor.

Este beijo nos diz o que realmente estamos celebrando: o encontro de pessoas que se amam, Deus e nós.

Um sinal da Igreja, a Esposa de Cristo, é também o sacerdote que beija o altar no limiar da liturgia.

Com este gesto ela expressa que veio encontrar o Amado e alimentar-se do seu amor.

E é como o sinal de Cristo beijando os lábios de sua Noiva, embora ela mesma estivesse inclinada a acreditar que seu lugar é no máximo aos pés dele.

O segundo beijo do padre expressa gratidão

O segundo beijo litúrgico é colocado pelo presbítero ou diácono sobre o livro do qual acabou de ler o Evangelho, logo após dizer: aqui está a 'Palavra de Deus'.

Beijando o livro, diz baixinho: “Que as palavras do Evangelho tirem os nossos pecados”.

É um beijo simbólico.

Porque se eu quisesse beijar a Palavra de Deus, o Evangelho, teria que beijar os ouvidos dos que estavam reunidos naquele momento.

Ele então beija simbolicamente o livro, expressando gratidão pelo Senhor falar conosco; que a sua Palavra nos acompanha em todas as situações da vida; que tem o poder de nos purificar e transformar; que “Deus quis salvar os crentes pela loucura da pregação” (1 Coríntios 1:21).

Terceiro beijo para mostrar afeto universal

O terceiro beijo pode entrar em conflito por razões culturais.

Muitas cartas apostólicas terminam com um convite aos destinatários para “se cumprimentarem com um beijo santo” (cf. Rm 16; 16 Cor 1; 16 Cor 20; 2 Tessalonicenses 13; 12 Pe 1: 5). . ).

Ainda hoje, em muitas partes do mundo, o beijo é uma forma de demonstrar afeto (por exemplo, no cumprimento).

É claro que é hora de expressar o chamado sinal de paz.

A forma deste sinal é adaptada à sensibilidade da comunidade local.

No entanto, nada nos impede de dar um sinal de paz desta forma com aqueles que nos são próximos, se ficarmos lado a lado durante a Missa.

O abraço que os padres que celebram a missa juntos costumam dar uns aos outros neste momento é basicamente um substituto para este beijo de paz.

O último beijo do padre é um beijo de despedida no altar

O último beijo ainda é aquele dado pelo padre no altar, depois que o povo foi despedido.

É uma espécie de 'adeus' do altar, que nos faz ver a liturgia que acaba de terminar, não como um dever 'cumprido', mas como um encontro que chega ao fim; que fará falta e que requer alguma continuação no tempo que se segue à liturgia.

Como qualquer outro encontro importante para nós, vivemos após o seu término, esperando o próximo.

fonte

Aleteia

evangelho