Santa do dia 22 de fevereiro: Santa Margarida de Cortona
Prometeu-se a duras penitências, mística santa e fundadora que foi admirável exemplo para o filho, também consagrado: Margarida de Cortona
Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, preparamos a nossa entrada no período quaresmal e a imagem de Santa Margarida de Cortona adapta-se bem a esta fase de elevado significado litúrgico
Entre as penitências que escolheu para sua vida de consagração ou voto especial ao Senhor estão:
– Dormir em treliças tecidas com vinhas
– Dormir diretamente na terra nua
– Flagelações
– Jejum
É natural que se trate de uma questão de caráter e escolha pessoal e que em nenhum caso se trate de um caminho de santidade.
Como fica claro no Evangelho, o que é puro não vem tanto das práticas externas quanto da verdade interior.
Ou, como dizem hoje, jejuamos de muitas maneiras e sobretudo a nível interior: com o olhar, com as palavras, com as renúncias.
Certamente, a escolha de Margarida foi no seu caso um dos caminhos da santidade por ser uma grande mística
É como ler livros de Harmony quando você entra na história de Margaret
Ela nasceu em 1247 na Toscana.
Seu pai era proprietário de terras, nada faltava, mas ela não resistiu a brincar de Cinderela quando ele se casou novamente.
Então ela fugiu e passou a viver com um jovem em um belo castelo em Montepulciano.
Foi uma vida de paixão e amor entre os dois, a tal ponto que nasceu uma linda criança.
Logo, porém, sobre um fundo de serenidade, o horizonte escureceu: em um contexto histórico tão peculiar quanto o de Florença com os guerreiros guelfos e gibelinos, seu companheiro perdeu a vida.
A conversão de Margaret após ser rejeitada por ela
E não se diga que ela não tentou ser uma filha pródiga.
Pena que ela teve que bater em retirada, mas tentou ouvir a voz de seu coração.
E assim Margarida refugiou-se no Convento Franciscano de Cortona, optando mais tarde por tornar-se terceira franciscana.
Por sua vez, ela se tornou fundadora e sentiu no coração remediar o escândalo causado por sua união ilegítima (não por falta de amor) construindo uma obra para novas mães adjacente ao convento.
Ela continuou a criar o filho, que também se consagrou aos Frades Menores Franciscanos.
Os diálogos místicos de Margarida com Jesus
Sua escolha de vida tendeu a ser monástica: dia após dia ela confinou sua existência a uma pequena cela.
Em uma das narrativas dos diálogos de Santa Margarida de Cortona, não muito diferente das experiências de Santa Gemma Galgani, uma santa lendária, aqui estão algumas trocas verbais:
“Filha” repetiu o Senhor “você me ama”?
“Não, meu Senhor”.
“E quando você vai me amar”?
“Então te amarei quando sentir em meu corpo as dores atrozes que sofreste por mim, quando, de mãos dadas, a alma deixar o corpo”.
Santa Margarida de Cortona morreu em 1297 como reclusa em sua cela ao lado da Igreja de São Basílio, onde mais tarde foi enterrada.
Hoje aquela igreja é uma basílica e ainda abriga o corpo da Santa. Que graça!
Algumas palavras do P. Giacinto Bianchi que iluminam o exemplo de Margarida
O Venerável Fundador das Missionárias Filhas de Maria, P. Giacinto Bianchi, escreveu muitas coisas bonitas (texto em itálico) para a Quarta-feira de Cinzas sobre a morte, e queremos meditá-las olhando para estes êxtases místicos e sacrificiais de Santa Margarida de Cortona.
Afinal, Jacinto também citou Santa Gemma Galgani que suou sangue.
Para morrer bem, São Paulo recomenda três coisas: a temperança, isto é, usamos as coisas terrenas por pura necessidade; justiça, pela qual damos ao nosso próximo tudo o que lhe devemos; e a piedade, que nos une a Deus por amor, para que vivamos por ele, para ele.
Quem não quiser estar com Jesus no paraíso agora, não o terá para sempre. São João.
Santo Agostinho: “Quem não geme peregrino não se alegrará cidadão no céu”.
Irmã Ines Carlone Filhas de Maria Missionárias
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