Naufrágio em Cutro (Crotone), Massacre de Migrantes: Nota do Presidente da CEI Card. Matteo Zuppi
Naufrágio em Crotone, vítimas sobem para 63: a busca pelos desaparecidos continua. Orações e vigília, os cidadãos trazem flores
O número de corpos de migrantes recuperados após o naufrágio de ontem em Steccato di Cutro (Crotone) aumentou para 63
O último corpo recuperado pelos bombeiros é o de uma jovem.
Neste momento, apesar das condições do mar continuarem proibitivas, continuam as operações de busca dos desaparecidos.
O corpo de bombeiros também está usando o helicóptero Drago Vf142 do departamento de aviação de Catania, que sobrevoou o trecho de mar em frente a Steccato di Cutro, enquanto unidades com quadriciclos vasculharam o trecho de praia.
Nota do Card. Matteo Zuppi, Arcebispo de Bolonha e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, sobre o naufrágio ocorrido em 26 de fevereiro na costa de Cutro (Crotone)
Uma profunda tristeza e um profundo pesar percorrem o país por mais um naufrágio ocorrido nas nossas costas.
As vítimas são de todos e as sentimos como nossas.
O número é dramático e aumenta a cada hora: 40 corpos já foram recuperados, incluindo muitas crianças.
Unimo-nos à oração do Santo Padre por cada um deles, pelos desaparecidos e pelos sobreviventes.
Nós os confiamos a Deus com um pensamento para suas famílias.
Esta enésima tragédia, em seu caráter dramático, nos lembra que a questão dos migrantes e refugiados deve ser abordada com responsabilidade e humanidade.
Não podemos repetir palavras que desperdiçamos em trágicos acontecimentos como este, que transformaram o Mediterrâneo num grande cemitério em vinte anos.
Precisamos de escolhas e políticas, nacionais e europeias, com uma nova determinação e com a consciência de que não as fazer permite que situações semelhantes se repitam.
O relógio da história não pode voltar atrás e marca a hora de uma consciência europeia e internacional.
Seja uma nova operação Mare Nostrum ou Sophia ou Irini, o que importa é que seja uma resposta estrutural, compartilhada e unida entre instituições e países.
Para que ninguém fique só e a Europa cumpra as suas tradições de defesa da pessoa e de acolhimento.
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